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Associação de Surdos do Alto São Francisco participam de reunião da Câmara

Publicado em: 23 de março de 2017

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 DSC 1521 Durante toda reunião os deficientes auditivos contaram com intérpretes

Na reunião da última segunda-feira, dia 20, membros da Associação de Surdos do Alto São Francisco participaram da reunião da Câmara e fizeram uso da Tribuna da Casa a convite do vereador Cabo Cunha que solicitou a Mesa Diretora um intérprete para as reuniões da Câmara, visando atender a Lei de Acessibilidade a este público.

A reunião foi acompanhada por deficientes auditivos que tiveram o apoio de intérpretes durante toda reunião. 

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Em sua fala, o presidente e fundador Sérgio Augusto, contou que a Associação dos Surdos do Alto São Francisco (ASASF), tem sua sede em Arcos e atende também as cidades de Formiga, Lagoa da Prata, Bambuí e Iguatama. “Muitos surdos não se desenvolvem porque não tem a oportunidade e não são estimulados durante a sua vida. As famílias, até por desconhecimento deixam os surdos sem o contato com os estímulos e eles se tornam pessoas limitadas. O que fazemos é oferecer a eles um pouco de conhecimento e é surpreendente o que eles conseguem fazer”, ressaltou.

Jaqueline Mendonça, Psicóloga da ASASF conta que existem surdos que não se desenvolvem, porque não são oferecidos a eles a chance de conhecer e conviver com outas pessoas com as mesmas limitações. Por isso, fazemos reuniões em outras cidades, palestras, oficinas e passeios.

A Comunidade Surda conquistou o reconhecimento nacional sobre a LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais como uma língua natural, registrado na Lei Nº 10.436 de 24 de abril de 2002 e Decreto Nº 5.626/2005, respeitando os valores da Linguística e Cultura dos Surdos, respeitando a LIBRAS como primeira Língua de Sinais dos Surdos e a Língua Portuguesa como segunda, como também o direito por Escolas Bilíngues para Surdos.

A Lei de Acessibilidade concomitante à evolução das tecnologias provocou um interesse de criar equipamentos para melhorar a comunicação dos Surdos, por exemplo, surgiu a legenda ou Close Caption na televisão e a janela para intérprete de LIBRAS.

A tecnologia para comunicação à distância se tornou uma febre e os Surdos Brasileiros a aderiram, pois se comunicam pela mensagem tipo SMS e WhatsApp do celular, chat da internet e, hoje, com a chegada do videofone onde o Surdo pode se comunicar em LIBRAS com a Central de Intérpretes de LIBRAS que faz o serviço de interpretação em Língua Portuguesa – oral, mediando a relação com quem o Surdo deseja se comunicar facilita muito a vida das pessoas surdas.

De acordo com o presidente da Associação, atualmente, o maior desafio do Movimento Surdo é a luta em Defesa das Escolas Bilíngues para Surdos no PNE – Plano Nacional de Educação. “A nossa preocupação é oportunizar para as crianças surdas um espaço escolar que favoreça a construção da Identidade Surda e formação com a Cultura Surda em sua própria língua para evitar a extinção da nossa Cultura Surda da Língua de Sinais dos Surdos”, finalizou Sérgio.  

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A psicóloga da associação, Paula Sandra, em sua fala ressaltou a importância que todos os órgãos públicos e a sociedade brasileira reflitam sobre os Surdos, sobre o direito à informação e como Formiga conta com um grande número de pessoas com deficiência auditiva. “Nosso dever é seguir compreendendo os Surdos como cidadãos iguais aos outros, dando-lhes uma atenção mais justa e respeitando a Cultura Surda e a língua da Comunidade Surda”, ressaltou Paula.

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